Força Armada Interamericana do Brasil – FAIBRAS  (1965-1966)

 

Com o Decreto nº 56.308, de 21 de maio de 1965, o Congresso Nacional autorizou que o FAIBRAS fosse constituído para integrar a Força Interamericana de Paz (FIP). Além do comandante – o então Coronel Carlos de Meira Matos – e de seu estado-maior, a Força Brasileira era constituída por um Batalhão do Regimento Escola de Infantaria, o I/R Es I, com 840 homens, e por um grupamento de Fuzileiros Navais do Batalhão Riachuelo, composto de uma Companhia Reforçada, um Pelotão de Polícia e um Grupo de Apoio Logístico, totalizando 270 profissionais. No dia 27 de maio de 1965, o FAIBRAS concluiu sua concentração na capital dominicana, Santo Domingo. Inicialmente, o contingente brasileiro esteve diretamente subordinado ao Comando da FIP (FORÇA INTERAMERICANA DE PAZ), assim como todos os outros contingentes estrangeiros. Mas essa estrutura foi logo modificada e a FIP passou a enquadrar dois grupamentos de forças: o primeiro, chamado Forças dos EUA na República Dominicana (USFORDOMREP), reunia os efetivos norte-americanos; o segundo, a Brigada Latinoamericana, enquadrava todos os outros contingentes.

Em 29 de maio, o General-de-Exército Hugo Panasco Alvim assumiu o Comando Unificado da FIP.  A Brigada Latino-Americana enquadrou os contingentes da América Latina. Era comandada pelo Coronel Carlos de Meira Mattos, por designação da FIP. Subordinados operacionalmente à Brigada estavam o Batalhão do Exército Brasileiro e o Batalhão Fraternidade.

Durante um ano e quatro meses, o FAIBRÁS executou suas atribuições na República Dominicana, contando com um contingente de cerca de 1.200 homens, que sofreu três revezamentos. Em razão de o contingente do Brasil ser maior que todos os outros enviados por países latino-americanos, ao comando da Brigada Latino-americana coube, cumulativamente, ao Comandante do FAIBRAS. Em 1965 e 1966, ao longo de dezesseis meses, os brasileiros cooperaram com outros contingentes americanos para restabelecer a normalidade.